Paisagismo Brasileiro e Roberto Burle Marx

Somos suspeitos em falar sobre o paisagismo brasileiro. 

Ele, em muitos projetos, é o nosso ponto de partida. Estrutura a essência da Argos e representa muito do que acreditamos que um projeto único, especial e personalizado deve conter.

Dessa maneira, torna-se impossível para nós falar de um dos destaques de nossos projetos sem passar por Roberto Burle Marx.

Burle Marx foi um artista plástico brasileiro, nascido em São Paulo em 1909, e que se apaixonou pelo paisagismo em uma viagem que fez para a Alemanha em 1928, quando se deparou com o Jardim Botânico de Berlim e ficou fascinado com a beleza e diversidade da vegetação brasileira e tropical. Esta visita marca o início de um processo de experimentação e investigação da vegetação brasileira, das suas expedições botânicas, da sua coleção posterior no Sítio Burle Marx e de seu trabalho constante na defesa do meio-ambiente e da sustentabilidade.

Roberto Burle Marx

Como paisagista, Burle Marx foi o primeiro a introduzir as plantas nativas em projetos de jardins nacionais, reconhecendo a beleza de nossa flora e a importância e diversidade da vegetação tropical brasileira.

Museu da Pampulha – Belo Horizonte/MG
Burle Marx – Artista Multidisciplinar

Além de ser um paisagista de renome mundial, ele também foi um artista multidisciplinar e visionário, caminhando à frente de seu tempo. Estabeleceu uma linguagem única no campo do paisagismo com seus traços marcantes, introduzindo plantas nativas em seus projetos. Com sua visão ampla do mundo, tornou-se um dos principais representantes do movimento modernista brasileiro.

Como um pioneiro no mundo multidisciplinar, incorporou os conceitos de arquitetura, ecologia, botânica, paisagismo, sustentabilidade, design, ciência e arte em suas obras. Suas realizações e convicções o tornaram reconhecido nacional e internacionalmente como um dos principais paisagistas do século 20, tendo sido nomeado o verdadeiro criador de jardins modernos pelo Instituto Americano de Arquitetos.

Eu odeio fórmulas. Amo os princípios.

Roberto Burle Marx

Copacabana. -Rio de Janeiro
Projeto Copacabana – 1970
Icônica calçada de Copacabana

Todas as áreas são importantes para mim: paisagismo, tapeçaria, design de joias, desenho, pintura, botânica. Uso todos como um poeta buscando palavras. E é com isso que me esforço mais. Eu não vou fazer uma pintura que é um jardim. Sem dúvida a pintura e as outras expressões artísticas influenciaram todo meu conceito de arte.

Roberto Burle Marx

Em 1985 doou o sítio Burle Marx, em Guaratiba, no RJ, onde cultivava uma grande variedade de plantas, ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Hoje, o sítio faz parte do Patrimônio Histórico da UNESCO.

O Sítio Burle Marx oferece em seus 365 mil m² uma viagem por jardins inigualavelmente belos. O paisagista conseguiu reunir uma das mais importantes coleções de plantas tropicais e subtropicais do mundo, que conta com mais de 3.500 espécies, composta por manguezal, restinga e Mata Atlântica.

Sítio Burle Marx

Ao longo de sua carreira, Burle Marx projetou mais três mil parques espalhados pelo mundo todo, tendo como destaque: 

Parque Ibirapuera São Paulo/SP
Aterro do Flamengo – Rio de Janeiro/RJ
Parque da Pampulha – Belo Horizonte/MG
Jardins do Palácio da Alvorada – Brasília/DF
Jardins do Palácio do Itamaraty – Brasília/DF

Assim como Burle Marx, a Argos se estabelece como visionária no desenvolvimento de projetos únicos que vão em direção completamente opostas às fórmulas já existentes no mercado.

Em todos os projetos da Argos, nós valorizamos o paisagismo maduro composto por espécies brasileiras. Para nós, trata-se de um lembrete constante da importância de valorizar o nosso meio ambiente, a natureza e pensar de maneira sustentável a forma como construímos o nosso lugar no mundo.

Por isso, ter um Argos é diferente de qualquer outra experiência que você já viveu.